
Amazônia no Circuito do Café: saiba mais sobre workshow com Celesty Suruí
Café é motivo de orgulho e resistência para Celesty Suruí, a convidada da segunda noite de workshows do Circuito do Café RioMar.
Indígena de Roraima, Celesty trouxe seu conhecimento sobre o café amazônico para o palco do RioMar. Ela é representante do povo Paiter Suruí, cafeicultora e considerada a primeira barista indígena do Brasil.
No workshow gratuito, realizado na Praça de Alimentação do Piso L3, Celesty conversou sobre projetos que dão nova vida a indígenas do território Sete de Setembro, como o “Tribos”, projeto que desenvolve a plantação, colheita e preparação do café.
“Hoje eu uso café para contar a história do meu povo”
Quem gosta de verdade de café tem seu próprio ritual de preparo e sempre está disposto a conhecer ainda mais sobre a bebida. É assim para o casal Fabiana Ferreira e Wesley Moret. “Como todo brasileiro a gente gosta muito e, desde que conhecemos os cafés especiais, buscamos aprender mais sobre o assunto”, conta Fabiana. O marido também confessa: tem café todo dia, algumas vez ao dia. "A gente tenta desenvolver ao máximo em casa os métodos de preparo, escolher alguns insumos e experimentar”, diz ele.
O casal, na primeira fila do workshow, participou da degustação de dois preparos diferentes do café, oferecidos pela barista Suruí, do tipo Robusta Amazônico. Mas não foi apenas a bebida que ela dividiu com a plateia.
“Estou aqui como a voz de todos os cafeicultores indígenas do meu estado e da minha região”, afirmou Celesty. Ela contou a história de um passado em que seu povo, que hoje toma para si a iniciativa de reflorestamento amazônico, sequer conhecia o fruto do café – e hoje em dia, agrônomos e produtores formados já aprimoram o trabalho com o café dentro do território.
Para Celesty, o café é um símbolo de resistência da própria família e do seu povo, parte do território indígena 7 de setembro. Desde 1969, quando tiveram o primeiro contato com a planta de café, a história dos povos da área mudou – a cafeicultura se tornou forma de subsistência e, eventualmente, uma forma de reerguer o povo.









